Teremos uma Africa Twin com motor supercharger?

Patente registrada no Japão revela que Honda pode estar trabalhando no desenvolvimento de um motor sobrealimentado para a big trail. 

O uso de almentação forçada por meio de turbocompressores e supercompressores não é algo totalmente novo quando se trata de motocicletas. Especialmente as quatro grandes do Japão têm se divertido com turbo há anos. Falando em superchargers, a BMW Motorrad entrou no jogo com o BMW Type 255 Kompressor na década de 1930. Avançando para 2020, uma das motocicletas superalimentadas mais sofisticadas que está disponível atualmente no mercado é a Kawasaki Ninja H2R. 

Mas o registro de patentes recentes apresentadas ao escritório de patentes japonês sugerem que a Honda está se preparando para se juntar à festa com a adição de um novo motor supercharged para sua Africa Twin.
A Patente 

Para começar, a patente mostra a atual geração do motor bicilíndrico da Africa Twin de 1.084 cc com um supercharger e tubulações relacionadas. O 1084 cc não aspirado com design uni-cam (design de eixo de comando único que opera quatro válvulas por cilindro) é compacto, leve e produz 101 cv. Bem, quando se trata de motos de aventura, é tudo uma questão de peso, potência e, claro, torque. Aumentar a potência do motor usando indução forçada é realmente inteligente, pois aumentar a cilindrada do motor também pode somar alguns quilos. Sim, usar um bloco menor com o mecanismo de indução forçada pareceria uma ideia melhor, mas lembre-se, há um custo de produção que os fabricantes não gostam muito. 

Por falar no novo mecanismo de indução forçada da Honda, o sistema usa o supercharger de chamdo deslocamento positivo com design de duplo tubo. Ao contrário do turbocompressor centrífugo na H2, que só aumenta em altas rotações, o turbocompressor de deslocamento positivo na Honda move o ar a cada rotação e, como é engrenado diretamente no virabrequim, o sistema de deslocamento positivo forneceria a mesma quantidade de pressão de reforço em qualquer faixa de rotação, desde as mais baixas, até a redline. Isso resulta em uma curva plana e de forte torque, que geralmente é preferida em motos de aventura.

Além disso, o novo motor supercharged usa o mesmo design de caixa de ar encontrado no na Africa Twin atual, no entanto, como um supercompressor está sendo acoplado ao motor, um tubo agora vai direto para o supercompressor, que comprime o ar antes de enviá-lo para o motor. 

A Honda também adicionou um segundo injetor em cada cilindro, que usa uma bomba de combustível extra e o eixo de comando para operar. O objetivo deste sistema é fornecer uma grande quantidade de pressão de combustível para fazer a gasolina atomizar instantaneamente.

Ao modular quais injetores estão em uso com base na carga, na abertura do acelerador e nas rotações, a Honda pode melhorar significativamente o consumo de combustível, o desempenho e as emissões do novo motor. 

Esta não é a primeira vez que a Honda explora os superchargers. Na verdade, em 2017, a Honda registrou uma patente para um motor V-Twin superalimentado. Embora este projeto não tenha ganhado vida, quem sabe desta vez a marca japonesa esteja pensando seriamente em levar adiante esta ideia?




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