Conversas à beira da estrada #1 - Entrevista José Fidalgo

Este é o primeiro episódio de Conversas à Beira da Estrada. O nosso convidado é o bem conhecido actor José Fidalgo. As motos são uma das suas grandes paixões, e ele vai precisamente contar-nos porquê!

Devido à preferência que o José Fidalgo tem por motos americanas, reservámos-lhe uma experiência aos comandos da novíssima Indian Challenger Limited, uma Cruiser Tourer de 30.890 € com todos os predicados para satisfazer o mais exigente viajante: Travões Brembo, amortecedor traseiro totalmente ajustável da FOX, e um estilo verdadeiramente inconfundível, reforçado pelo sistema de som que não deixa ninguém indiferente. 

Para lhe fazer companhia o nosso jornalista Rogério Carmo aproveitou para matar saudades da não menos exclusiva Indian Roadmaster Dark Horse (clique para ver o teste), outra Tourer de 31.990 € que na versão de 2020 está equipada com o novo motor Thunder Stroke de 116 polegadas cúbicas que debita uns impressionantes 168 Newton metros de binário, e que também inclui o sofisticado sistema de infotainment com 200W de som e painel de instrumentos em TFT a cores com 7 polegadas e função tácil.

O actor José Fidalgo dispensa apresentações. Mas poucos conhecem a sua verdadeira paixão pelas motos. Uma paixão que sempre lhe foi negada pelos pais, assolados pelo desgosto causado pelo falecimento de um familiar próximo, aos comandos de uma moto.

Foi só aos 30 anos que José Fidalgo deu o grito do Ipiranga e começou a andar de moto. E começou muito a sério, empenhado na cena custom, construindo a sua primeira moto, uma Harley-Davidson Sportster, que mais tarde foi substituída por uma Softail também ela completamente customizada. Foi com essa moto, que o actor se aventurou na sua primeira viagem, nada mais nada menos do que até Roma. Com uma suspensão rebaixada, guiador alto e uma autonomia a rondar os 100 quilómetros, podem facilmente imaginar-se as peripécias do caminho.

As motos personalizadas estão-lhe no imaginário já desde miúdo, do tempo das biclas, e até nos contou a história do senhor Amadeu, que tinha a oficina lá do Bairro e que, a troco de pequenos serviços de mecânica, fazia as reparações ou as alterações nas bicicletas da miudagem que não tinha dinheiro para as pagar. 

Mais tarde, já no tempo das DT LC, moto dos seus sonhos em adolescente, as modificações eram também uma constante, pelo que não admira que as suas Harleys levem o mesmo tratamento.


O equipamento também foi tema de conversa, com José Fidalgo a admitir a sua importância, Confessou que é incapaz de andar sem capacete e sem luvas, sendo estas mesmo uma questão primordial, já que lhes está tão habituado que não se sente bem a conduzir sem elas. Mas confessou também que, nos dias mais quentes, por vezes prescinde da utilização do blusão.Mesmo depois de já ter sentido o alcatrão na pele…

José Fidalgo também admitiu que a moto não o tornou numa pessoa diferente, mas que lhe serve de foco, já que os riscos que as motos implicam, obrigam a desenvolver mais atenção, que depois se torna útil na tomada de decisões, seja no aspecto profissional seja noutros de ordem social ou familiar. Identificar e ultrapassar os perigos é para ele, uma celebração de vida, e um exercício para melhor tomar decisões e reagir aos imprevistos da vida, situações que, na sua carreira profissional, são muito frequentes.

Viajar é uma das coisas que mais gosta de fazer. A Europa tem sido o seu destino preferencial, sobretudo pela proximidade e pelo facto de poder partir sem data nem hora, Mas como sonhos de viagem tem as fabulosas estradas e paisagens da África do Sul. Outro objectivo é a mítica Route 66, mas com partida de Nova Iorque e finalmente ficar uma temporada em Los Angeles para poder absorver, aos comandos da sua moto, todo o espírito californiano.

A quem quer começar a andar de moto e tem medo dos perigos que a elas se atribuem, Fidalgo diz que “quem tem medo, compra um cão”. No seu entender os perigos deparam-se-nos desde que nascemos e o risco faz parte das nossas vidas. E compara as motos com as armas. Uma arma, de per si, não é perigosa, porque não se dispara sozinha, e a moto também só é perigosa se quem a conduz não conhece os seus limites. 

E termina relembrando as vantagens que os veículos de duas rodas proporcionam, tanto em termos de mobilidade como em termos psicológicos.




Não perca, no mesmo episódio, a recomendação da Bridgestone sobre a pressão dos pneus, nem a rúbrica 10 rapidinhas em que José Fidalgo responde a 10 perguntas à queima-roupa!







https://www.andardemoto.pt/moto-news/49841-conversas-a-beira-da-estrada-1-entrevista-jose-fidalgo/

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