Suzuki V-Strom 1000 XT: o legado da DR Big continua


A receita da Casa de Hamamatsu para sua Big Trail de alta cilindrada pode parecer insossa, mas quando você olha a Suzuki V-Strom 1000 XT mais de perto e atento aos detalhes, se dá conta de que algo mais bem elaborado está alí.

história da Suzuki no universo das grandes motos aventureiras com DNA dakariano começa com a família DR, quando utilizava motores monocilíndricos de alto torque em baixas e médias rotações, inclusive o maior motor monocilindro das motos de produção em série, de 779 cm³ com 50 cavalos de potência a 6.600 rpm e torque de 6,3 kgf.m a 5.400 rpm, que equipava a DR 800 S, conhecida como DR Big, produzida entre 1990 e 1999 e comercializada no Brasil entre 1994 e 2001.
O bico característico da DR BIG foi seguido por outros fabricantes (Divulgação)
Agora quem representa a Big Trail top de linha da Casa de Hamamatsu para enfrentar a concorrência na categoria das Big Trail de 1.000 cilindradas no Brasil é a Suzuki V-Strom 1000 XT, em versão 2019 na cor amarela por R$ 53.868 ou a vista por R$ 49.987 e na versão 2020 nas cores amarela, preta ou azul e branca por R$ 58.085 ou a vista R$ 53.900, as duas versões com rodas raiadas. Há também a versão 2019 com rodas de liga leve por R$ 48.897 a vista, realmente o melhor custo benefício em se tratando de uma Big Trail de 1.000 cilindradas. A nova Suzuki V-Strom 1050 XT já foi apresentada no Salão das Duas Rodas de 2019 e é bem provável que ela chegue para nós como versão 2021.
E a Suzuki V-Strom 1000 XT é de extrema competência, tem muita agilidade por conta do corpo esbelto e do baixo peso, provenientes do compacto motor de dois cilindros em V a 90° com duplo comando de válvulas nos cabeçotes de quatro vávulas, derivado da unidade de 996 cm³ que equipava a superesportiva TL 1000 S, passando por diversos aperfeiçoamentos e aumentando a cilindrada para 1.037 cm³ em 2014, combinando ainda mais sua capacidade com as exigências que uma aventureira esportiva solicita. O motor é bastante responsivo por causa do alto torque entregue nas baixas e médias rotações, característica dos motores V-Twin com as duas bielas fixas no mesmo colo do virabrequim. Muita força em baixa com menor rotação máxima.
Suzuki V-Strom 1000 XT: motor deriva da superesportiva TL 1000 S (Divulgação)
motor V-twin de 1.037 cm³ é suave e ansioso, com 4.000 rpm sendo a faixa ideal para o torque, proporcionando ótimas ultrapassagens e velocidade de cruzeiro sem vibrações em velocidades mais altas. O motor rende 101 cavalos de potência a 8.000 rpm e entrega um torque máximo de incríveis 10,5 kgf.m a baixos 4.000 rpm.
Suzuki V-Strom 1000 XT: alta capacidade para enfrentar quaisquer desafios (Divulgação)
Suzuki V-Strom 1000 XT carrega eletrônica de última geração, com central inercial IMU de cinco eixos para gerenciar o controle de tração comutável com dois modos e o sistema de freios Tokico com ABS Bosch de curvas atualizado para o Motion Track Brake System.  As frenagens são excelentes, e o ABS sempre ativo é tão eficaz que nem se percebe sua atuação.
Suzuki V-Strom 1000 XT: discos de 310 mm com pinças Tokico de 4 pistões e ABS (Divulgação)
Os aros de alumínio raiados de 19 polegadas na dianteira e 17 polegadas na traseira, são montados com pneus sem câmara Bridgestone BattleWing. Também há opção de rodas de liga leve de dez raios.
Suzuki V-Strom 1000 XT: eletrônica sofisticada com IMU de cinco eixos (Divulgação)
A longa distância entre eixos da V-Strom 1000 XT (1.555 mm), a roda dianteira de 19 polegadas, as suspensões totalmente ajustáveis e a rigidez de seu leve chassi de barra dupla de alumínio, conspiram à favor de um manuseio confiável e muito estável. Ela é incrivelmente leve e ágil nas manobras, graças a ergonomia bem acertada e o corpo estreito, chegando a 233 kg totalmente abastecida. Sua capacidade de carga é de 200 kg, incluindo piloto, garupa e bagagens.
Suzuki V-Strom 1000 XT: capacidade de levar 200 kg de carga (Divulgação)
A posição de pilotagem é alta e ereta, e há muito espaço para as pernas graças ao tanque estreito na junção com o amplo assento. A posição e a largura do guidão são muito boas, mas o assento é um pouco duro.
Suzuki V-Strom 1000 XT: guidão alto e largo e boa proteção aerodinâmica elevam conforto (Divulgação)
O para-brisas ajustável está em uma posição mais baixa, o que significa que o vento atinge o topo do capacete. O painel de instrumentos combina um grande conta giros analógico com um visor LCD ajustável em brilho com velocímetro, odômetros, posição da marcha, computador de bordo com consumo instantâneo e médio, alcance do combustível disponível no tanque, seletor do controle de tração, temperatura do motor e temperatura ambiente e luzes de seta, ABS e controle de tração acionados e da injeção eletrônica. Abaixo do painel de instrumentos, há uma tomada de 12V, ideal para recarregar um telefone ou GPS. A partida do motor é com apenas um toque no botão.
Suzuki V-Strom 1000 XT: painel multifuncional tem fácil visualização (Divulgação)
Se você não conhece a Suzuki V-Strom 1000 XT eu sugiro que experimente. Com tecnologia avançada, motor responsivo, fácil condução e extremo conforto, tenho certeza que você vai se surpreender. E o preço é o mais baixo dentre as Big Trail de 1.000 cilindradas. Quero uma amarela com rodas de liga leve pretas.





https://www.motociclismoonline.com.br/noticias/suzuki-v-strom-1000-xt/


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