O que é melhor: Caixa de velocidades “Seamless” ou com “quickshift”?
O piloto francês Sylvain Guintoli volta às explicações
técnicas. Desta vez o piloto de testes da Suzuki em MotoGP aborda o tema das caixas
de velocidades. Quais as vantagens de uma caixa “seamless”, mas também o porquê
de não podermos ter uma nas nossas motos de estrada.
Sylvain Guintoli tem-se tornado no nosso piloto favorito. Pelo menos em
termos técnicos. O piloto francês, há muitos anos a viver em Inglaterra,
tem um conhecimento técnico sobre motos que se torna extremamente
valioso.
Para além disso, Guintoli tem uma forma de comunicar os assuntos mais técnicos de uma forma simples e que qualquer aficionado das duas rodas conseguirá entender.
Através do seu canal oficial no YouTube, Sylvain Guintoli já abordou diversas temáticas. E promete não parar!
Para além disso, Guintoli tem uma forma de comunicar os assuntos mais técnicos de uma forma simples e que qualquer aficionado das duas rodas conseguirá entender.
Através do seu canal oficial no YouTube, Sylvain Guintoli já abordou diversas temáticas. E promete não parar!
Desta vez o afável piloto de testes da Suzuki em MotoGP aborda a
temática das caixas de velocidades. Uma caixa de velocidades é um
componente extremamente complexo, mas que é imprescindível na forma como
a moto transmite a potência criada pelo motor para a roda traseira.
Nas motos de estrada as caixas de velocidades manuais (habitualmente com seis relações, mas que podem ter menos) são acionadas pela embraiagem, e de seguida pelo movimento do seletor de caixa, localizado no poisa-pés esquerdo. É possível não usar a embraiagem para trocar de caixa. Basta desacelerar e rapidamente pressionar o seletor, e a relação seguinte é engrenada. As chamadas “trocas diretas”.
Felizmente, hoje em dia algumas motos, particularmente os modelos mais desportivos ou “premium”, utilizam os chamados sistemas “quickshift”. Estes sistemas permitem gerir, de forma automática, o corte de ignição necessário para a troca de caixa se realizar. São rápidos, bastante suaves, e o condutor deixa de se preocupar com o acionamento da embraiagem.
Nos sistemas “quickshift” bidirecionais, ou seja que permitem subir e descer de relações de caixa, podemos inclusivamente reduzir sem recorrer à embraiagem.
Por mais perfeitos que os sistemas atuais de “quickshift” sejam, a realidade é que os protótipos de MotoGP estão num nível de performance à parte das motos de estrada. Nem mesmo as superdesportivas mais evoluídas se comparam.
Nas motos de estrada as caixas de velocidades manuais (habitualmente com seis relações, mas que podem ter menos) são acionadas pela embraiagem, e de seguida pelo movimento do seletor de caixa, localizado no poisa-pés esquerdo. É possível não usar a embraiagem para trocar de caixa. Basta desacelerar e rapidamente pressionar o seletor, e a relação seguinte é engrenada. As chamadas “trocas diretas”.
Felizmente, hoje em dia algumas motos, particularmente os modelos mais desportivos ou “premium”, utilizam os chamados sistemas “quickshift”. Estes sistemas permitem gerir, de forma automática, o corte de ignição necessário para a troca de caixa se realizar. São rápidos, bastante suaves, e o condutor deixa de se preocupar com o acionamento da embraiagem.
Nos sistemas “quickshift” bidirecionais, ou seja que permitem subir e descer de relações de caixa, podemos inclusivamente reduzir sem recorrer à embraiagem.
Por mais perfeitos que os sistemas atuais de “quickshift” sejam, a realidade é que os protótipos de MotoGP estão num nível de performance à parte das motos de estrada. Nem mesmo as superdesportivas mais evoluídas se comparam.
Por isso os fabricantes que participam em MotoGP criaram as chamadas caixas “Seamless”.
Sylvain Guintoli, apesar de não poder detalhar o sistema “seamless” da Suzuki GSX-RR, por ser um segredo da Suzuki Racing, refere que este sistema de caixa basicamente permite ao piloto usufruir de maior estabilidade e suavidade. As caixas “seamless” conseguem manter duas relações de caixa engrenadas ao mesmo tempo, mas apenas uma é que transmite a potência para a roda traseira.
Outro grande benefício deste tipo de caixas protótipo em relação a uma caixa de velocidades convencional é a rapidez com que as trocas de caixa se realizam. Por exemplo, numa caixa de uma desportiva de estrada equipada com “quickshift”, as trocas acontecem em apenas 0,1 segundos.
No entanto, numa MotoGP como a GSX-RR, as trocas de caixa acontecem em apenas 0,01 segundos!
Então se uma caixa “seamless” apresenta tantas vantagens sobre uma caixa convencional, porque não as vemos serem usadas nas superdesportivas de estrada?
Para esta pergunta Sylvain Guintoli tem uma resposta simples: custos!
Para além de precisarmos de motos com potência semelhante a uma MotoGP para realmente sentirmos os reais benefícios de uma caixa “seamless”, este tipo de caixas são demasiado dispendiosas. Para além do custo de produção, requerem uma manutenção muito mais frequente. E por isso não podem ser usadas nas motos de estrada.
Mas melhor do que nós para explicarmos esta temática, Sylvain Guintoli criou um vídeo onde aborda as diferentes caixas de velocidades, e também as principais características de cada uma.
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