Como seria ter correia em vez de corrente na moto?

 

A tecnologia de transmissão mais durável já está disponível para troca no lugar do kit relação convencional

A maior parte das motos usa transmissão final por corrente porque o custo dos componentes é menor. Mas para o proprietário fica o compromisso de lubrificar periodicamente, ajustar a corrente para não deixar folga e trocar os componentes do kit relação em intervalos que podem ser de 10.000 km, 20.000 km ou até mais, depende de como a moto é usada.

Algumas motos de maior cilindrada (e preço), geralmente aquelas projetadas para viagens mais longas, usam outro tipo de transmissão mais durável e sem necessidade de manutenção e lubrificação, por correia dentada ou eixo cardã.

Uma fabricante brasileira, a M3 Moto, desenvolveu um kit para reposição que permite ter as vantagens de durabilidade da transmissão por correia numa moto que veio de fábrica com corrente.

Então em vez de comprar um novo conjunto de corrente, coroa e pinhão, é possível instalar na moto as polias no lugar da coroa e do pinhão, para encaixe nos dentes da correia, que tem estrutura de fibra de carbono. Sem nenhuma adaptação, usando os pontos de fixação originais.

No caso da Honda NC 750X que utilizamos nesta instalação, o kit original custa R$ 2,9 mil, de uma marca de primeira linha como a DID R$ 1,2 mil (ambos com retentores na corrente) e o kit para correia R$ 2 mil. Lembrando que após a instalação do primeiro kit para a modificação, apenas a correia passa a ser substituída.   

A transmissão por correia da M3 tem estimativa de durabilidade de 80.000 km a 100.000 km, quando é recomendada uma inspeção para avaliar a necessidade de troca preventiva, mas pode ultrapassar 200.000 km, dependendo da maneira como a moto é usada. Outro benefício da mudança é eliminar o ruído da transmissão por corrente.

A M3 Moto fabrica no interior de São Paulo as polias dimensionadas para cada modelo de moto, de baixa até alta cilindrada, e o kit pronto para instalação vem com uma correia dentada de primeira linha, como da americana Gates ou da alemã Continental. Não precisar mais lubrificar a corrente já é uma tremenda conveniência, mas principalmente para quem roda bastante não ter que ajustar a corrente e trocar vários kits relação também reduz as visitas à oficina.   

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