Nova Gasolina Azul da Shell emite menos dióxido de carbono
Combustível usa fontes renováveis e estreará nos postos ainda em 2021
A Shell se uniu às alemãs Bosch e VW para desenvolver a nova Gasolina Azul, que deve estrear nos postos da Alemanha ainda neste ano. Apesar do nome, não existe nada em comum com a gasolina de alta octanagem vendida no Brasil nos anos 1970 ou mesmo com a gasolina de aviação (que é azul).
Agora o objetivo da Gasolina Azul é reduzir as emissões de dióxido de carbono, causador do efeito estufa, sem necessidade de adaptações nas tecnologias já existentes na frota de veículos e na rede de distribuição de combustível.
A solução rápida para reduzir emissões não é exatamente novidade, principalmente para os brasileiros. Na Gasolina Azul é adicionada uma proporção de 33% de combustível renovável, portanto mais que os 27% já em vigor na gasolina comum brasileira.
Na nova formulação alemã são usados combustíveis obtidos de biomassa e etanol para reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20%. As empresas garantem que aditivos da Gasolina Azul inibem o maior potencial de corrosão e carbonização, e que veículos já desenvolvidos para a gasolina europeia E10 (10% de etanol) poderiam adotar a nova gasolina imediatamente.
A nova Gasolina Azul não substituirá iniciativas como o desenvolvimento de combustíveis sintéticos para motores à combustão, caso do eFuel que começará a ser produzido no próximo ano por uma união da Porsche com a também alemã Siemens (reduziria a emissão de dióxido de carbono em 85%). Ou mesmo a eletrificação ou uso do hidrogênio para zerar emissões.
O novo combustível da Shell é uma alternativa para adoção rápida e a baixo custo, que ajudará a reduzir a poluição pela frota já existente. Assim como os combustíveis sintéticos poderão dar sobrevida aos motores à combustão enquanto outras matrizes energéticas têm seus custos e infraestrutura viabilizados para adoção em larga escala.
Comentários
Postar um comentário