O número de mulheres motociclistas cresce 96% em nove anos
Motocicleta é o novo veículo de trabalho para diversas mulheres durante a pandemia
Em busca de independência, o número de mulheres motociclistas cresceu nos últimos anos.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, até novembro do ano passado havia 7.833.121 mulheres habilitadas para esse tipo de veículo no país. Esse número representa um salto de 95,7% na comparação com 2011, quando elas somavam 4.002.094 de carteiras de habilitação na categoria A.
Com o aumento do desemprego na pandemia, muitas mulheres encontraram na motocicleta uma saída para conseguir uma fonte de renda ou uma renda extra.
Um exemplo é Mikhaele Macedo Vieir. “Antes eu usava a motocicleta como meio de locomoção de casa para o trabalho. Com as medidas de isolamento social, o restaurante em que eu trabalhava fechou e tive que sair à procura de algo para garantir meu sustento”, conta. Hoje em dia, ela trabalha com entrega de pedidos por aplicativos e afirma que não trocará de profissão.
Mas, o caminho para o reconhecimento é cheio de preconceitos. Vanda Lopes da Silva trabalha na entrega de mercadoria desde 2002, quando conquistou uma vaga numa empresa formada somente por homens. “Éramos 43 pessoas e eu era a única mulher. No primeiro mês, bati a meta de entregas. Com isso, fui conquistando o respeito de todos e o meu espaço”, relembra Vanda.
Camila está no ramo como motogirl há 7 anos, e fala “Fui me apaixonando pela profissão. Trabalhar com motocicleta é muito agradável e não ficamos presos num lugar”.
Para ajudar as amigas motociclistas, Karla Carvalho que trabalha com entregas desde 2015, criou um grupo de WhatsApp chamado Mulheres no Asfalto. O objetivo é ajudar aquelas que começaram a trabalhar nos serviços de entrega durante a pandemia. “Algumas perderam o emprego e compraram uma motocicleta para garantir o sustento da família”, diz. “Trocamos informações, principalmente sobre segurança e a importância do uso de equipamentos de proteção para garantir a integridade física”, explica.
O público de mulheres que pilotam motocicleta cresceu e para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo: "é um público exigente. Por isso, o mercado precisa estar atento às suas necessidades.”
Se analisar os dados em relação à faixa etária das mulheres com carteira de habilitação com categoria A, temos uma surpresa.
O aumento mais expressivo de mulheres com permissão para guiar motocicletas está na faixa acima de 60 anos. No período de 2011 a 2020 teve um aumento de 524%, passando de 23.646 para mais de 147.000 mulheres habilitadas na categoria A.
O segundo maior crescimento, em termos percentuais, foi na faixa etária entre 51 a 60 anos com um crescimento de 310%.
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Fonte:
Equipe MOTO.com.br
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