Carta Verde: o que você precisa saber para viajar de moto tranquilo

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Documento é obrigatório em vários países da América do Sul e do mundo e cobre a responsabilidade civil por danos materiais e corporais causados a terceiros, inclusive, morte.


Por Eduardo Generali – MotoAtacama

Se você é fã de mototurismo, certamente já ouviu falar na famosa “Carta Verde“. Este é um dos documentos necessários para viajar de moto pelo Mercosul. Você sabe para que serve e como emitir este documento? E para os demais países, como proceder?

Vários países da América do Sul (e do mundo) exigem que estrangeiros contratem um tipo de seguro para poder utilizar veículos em seu território. Esses seguros são como o nosso “seguro obrigatório”, mas são específicos para estrangeiros.

Já a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é válida em todos os países signatários da Convenção de Viena, sendo que, no caso da América do Sul, todos os países são. Além disso, existe uma “Permissão Internacional para Dirigir” (PID), que é expedida pelos órgãos de trânsito estaduais. A permissão não substitui a CNH e recomenda-se que se apresente as duas, caso seja solicitado pelas autoridades de trânsito locais e em caso de acidentes, ou para locação de veículos.

Também recomenda-se levar o documento de identidade original e/ou passaporte, já que alguns países não aceitam a CNH como documento de identificação.

Viajar pelo Brasil é uma tarefa fácil de realizar, quando se trata de documentação. Estando com o documento da moto em dia e a CNH dentro do prazo de validade, basta encher o tanque e acelerar.
E na América do Sul? Confira algumas dicas que preparei para você.



ANTES DA VIAGEM DE MOTO, ORGANIZE OS DOCUMENTOS

Para atravessar a fronteira, é necessário que o piloto dedique atenção para o documento da moto, caso ela não esteja em nome do condutor.
  • Se a moto estiver em nome de outra pessoa ou estiver em nome da financeira (alienada), o condutor deverá portar autorização emitida pelo proprietário, indicando datas de início e término da viagem, bem como os países visitados;
  • Se a moto estiver em nome de parente até 2º grau, basta portar documentos que constem o parentesco. Mas aconselhamos que leve também a autorização do item acima.
  • Se a moto estiver em nome de pessoa jurídica (empresa), é necessária a autorização assinada pelo responsável legal da empresa. Além disso, você precisa levar uma cópia do contrato social da empresa e uma cópia do CPF do responsável legal.
Para todos os casos citados acima, é necessário um documento emitido em cartório, chamado Apostila de Haia, que deverá ser anexado às autorizações.



CARTA VERDE E DOCUMENTAÇÃO PARA VIAJAR DE MOTO PELO MERCOSUL

a Cordilheira dos Andes e o Atacama é o sonho de muitos motociclistas, mas é necessário contratar o Seguro Soapex para entrar no Chile. O Seguro Obligatorio de Accidentes Personales Causados por Vehículos Motorizados con Matrícula Extranjera é um documento de porte obrigatório para todo veículo estrangeiro que entre no território chileno e deve ser contratado antes de se atravessar a fronteira.

Assim como o seguro obrigatório brasileiro, o Soapex cobre danos pessoais causados ao condutor e a terceiros, ocorridos devido à acidente de trânsito envolvendo o veículo segurado.

Fique ligado: este documento é válido somente no Chile, e por tempo determinado na contratação.

PERU, EQUADOR E COLÔMBIA

Se sua praia é desvendar mistérios, você precisará contratar o SOAT para acelerar pelo Peru, Equador e Colômbia. O Seguro Obligatorio de Accidentes de Tránsito cobre acidentes de trânsito que causam morte, invalidez, despesas de hospitais e até enterro.

O seguro é oferecido em cidades próximas às fronteiras e tem prazo de validade variável, deve-se observar isso na hora da compra. O valor varia de acordo com o veículo segurado e o ano de fabricação.

BOLÍVIA

Outro ponto turístico icônico é o Salar de Uyuni, mas é preciso muita atenção ao entrar na Bolívia! Neste país não é necessário contratar seguro, caso fique até, no máximo, 30 dias. Porém, há vários relatos de veículos apreendidos por falta de documentação de entrada expedida pelas autoridades.

O agravante é que veículos apreendidos neste país vão para leilão imediato sem reembolso ao proprietário. Então, espere o tempo necessário para que sua entrada seja feita da forma adequada e guarde com cuidado todos os comprovantes!




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