Como começar a andar de scooter 125cc


 Não tenha medo! Tenha cuidado! 8 conselhos úteis para se manter seguro!


Se está a pensar ganhar tempo e poupar nos aborrecimentos, sem os dramas do estacionamento nem as perdas de tempo em intermináveis filas de trânsito, e viver uma vida mais despreocupada e divertida, então saiba que não tem que ter medo!

Se souber andar de bicicleta, andar de scooter 125 é quase a mesma coisa, mas sem ter que dar aos pedais! Por isso, o que precisa é apenas de ter cuidado.

Siga estes nossos 8 conselhos e vai ver que não se vai arrepender!

1- A experiência conta

Antes de se aventurar em grandes deslocações, no meio do trânsito, tente primeiro “dominar a máquina”.

Ganhe experiência a curvar e a manobrar. Procure locais pouco movimentados e treine os “8” e as inversões de marcha. Vá buzinando e fazendo “piscas” e olhando para os espelhos retrovisores, para que, em caso de necessidade, o possa fazer por reflexo em vez de “estar a pensar” como tem de o fazer. 

Ande em Zig-Zag (pode aproveitar as marcações do piso ou os pilaretes de um parque de estacionamento pouco movimentado), aumentando a cadência aos poucos até perceber como a sua moto faz a transferência do peso. 

Pela mesma razão treine também a travagem, primeiro apenas com o travão da roda traseira (apertando a manete da esquerda) e depois, gradualmente, com ambos os travões (aperte sempre primeiro o da manete esquerda e depois então, se necessário, o da manete direita. Tal como numa bicicleta!) e faça-o a diversas velocidades, começando devagar até simular travagens de emergência a velocidades mais elevadas.

Mesmo que esteja habituado a andar de carro na cidade, andar de scooter é completamente diferente, por isso, quando se atirar ao trânsito, faça-o já com alguma experiência e com calma. Não se esqueça que “mau papel”, mesmo, é ir ao chão! 

Enquanto não se sentir completamente seguro no que está a fazer, não deve “dar boleias” a ninguém. E a primeira vez que o fizer, deverá ser a título de ensaio geral, também numa zona sossegada, para que se possa aperceber das diferenças, seja do equilíbrio, como da dinâmica da moto que, seja ela qual for, vai ter mais peso para travar, para amortecer e para acelerar, tornando a sua condução substancialmente diferente. 

2 - O equipamento

Use sempre capacete (de preferência integral), e se optar por um capacete aberto ou de estilo “motocross”, use óculos de protecção.

Obrigatório também é o uso de um blusão que seja resistente à abrasão. Cabedal é uma excelente solução e se tiver proteções nas costas, nos ombros e nos cotovelos, tanto melhor.

Complete o conjunto com luvas, de preferência específicas para a prática do motociclismo, com palmas de mão reforçadas. 

As botas não são essenciais, mas são recomendáveis, pois dão um bom suporte ao pé, para poder manobrar bem a scooter. Devem também proteger os tornozelos e ter uma sola antiderrapante! 

Com chuva e frio, é muito importante manter-se confortável. Luvas à prova de água são quase um mito, mas um bom isolamento térmico é essencial. Uma gola de tubo ou uma balaclava, garantem conforto que por sua vez proporciona uma melhor capacidade de concentração.

Evite cachecóis ou lenços com pontas pendentes. Roupas largas e desabotoadas tampouco são aconselháveis, pois em casos extremos podem mesmo interferir com a estabilidade.

Evite levar mochila às costas ou mala ao ombro. Em caso de queda podem causar ou sofrer dano. Tem uma scooter! Use o porta bagagens debaixo do assento, ou a mala traseira (top case) para guardar a sua bagagem. Pela mesma razão leve os bolsos vazios.

3 - Ver e ser visto

Faça-se ver! É muito importante usar equipamento de cores claras. Sobretudo de noite, ou em dias cinzentos.

Circular com os “médios” ligados é obrigatório e permite-lhe ser visto mais facilmente nos retrovisores dos carros. Sobretudo em dias de chuva.

Debaixo de chuva forte ou nevoeiro, mesmo durante o dia, não hesite em fazer sinais de luzes com os máximos e manter os pisca-piscas a funcionar. 

De noite, se os faróis da sua scooter são fracos, o melhor é ir mais devagar. E não se esqueça que, no meio das curvas, a maioria dos faróis das scooters deixam de apontar para a berma! Afaste-se dela!

Confirme frequentemente que o farolim e os piscas traseiros estão a funcionar corretamente. 

Não circule no ângulo morto dos espelhos da viatura que segue à sua frente. Sobretudo se está a pensar ultrapassá-la. O ideal é manter-se sempre na direção deles, dos espelhos, num ângulo que lhe permita ver refletida a cara (ou as mãos) do condutor. Assim sabe que tem mais hipóteses de ser visto, e ainda consegue ver o que se passa mais à frente, para estar em controlo da situação.

Circule sempre na metade esquerda da sua faixa de rodagem. Além de garantir maior visibilidade nas curvas para a direita, também fica visível mais cedo para os que, em sentido contrário, gostam de “cortar” as curvas. Evita também ser empurrado para a berma pelos “enlatados” que o ultrapassam.

Encoste-se à direita apenas quando for para mudar de direção para o mesmo lado, ou para parar! Não se esqueça de, antes, olhar para os espelhos e sinalizar a manobra.

4 - Observe

Observe os condutores dos carros que o precedem. Se vir alguém a falar ao telefone, ou algum “cheio de pressa” a mudar de faixas aos zig-zagues, prepare-se para o pior e mantenha distância. Um carro parado, ou a circular devagar, pode estar a preparar-se para fazer uma inversão de marcha! Mantenha-o controlado!

Os autocarros e os camiões (os SUV e os “jipes” também) tapam a visibilidade. Quando a baixa velocidade, em meios urbanos, tenha cuidado ao ultrapassá-los. Podem esconder alguém que esteja a atravessar a estrada e surja subitamente no seu caminho!

Dê regularmente uma olhadela para cada um dos seus espelhos retrovisores, mesmo que não vá mudar de direção, e sobretudo antes de começar a travar, quando pretender parar. Certifique-se que não tem ninguém “colado” à sua traseira, pois isso pode evitar-lhe grandes sustos. Se necessário, reduza a velocidade e deixe-o passar!

Tenha cuidado com as bermas. Muitas estradas e vias rápidas acumulam imensa gravilha (ou outras coisas como pregos e parafusos ou até mesmo pequenas peças) que podem fazer perder a direção ou até mesmo furar os pneus.

Não se distraia! Quando conduzir, apenas conduza! Toda a atenção é pouca!

5 - Não se fie no Código da Estrada

Quando arrancar num semáforo verde, olhe sempre para ambos os lados do cruzamento, como se o sinal não existisse. Pode vir uma ambulância ou um condutor distraído. Também nas passadeiras, os peões frequentemente as atravessam quando não devem.

Deverá ter muita atenção em todos os cruzamentos, ainda que tenha prioridade. Há muito condutor de automóvel que não conhece nem o sinal de Stop, nem muitos outros.

Tenha também atenção aos riscos contínuos. Muitos automobilistas não sabem que não os podem pisar! Não circule muito colado a eles (aos riscos contínuos).

As saídas dos estacionamentos e garagens também são causa de preocupação, pois muitas vezes os condutores “não vêm” a scooter e arrancam mesmo na sua frente.

6 - Atenção à Velocidade Excessiva

Quando circular a uma velocidade que não lhe permita parar em segurança no espaço livre e visível à sua frente, está em velocidade excessiva. O que não tem nada que ver com o excesso de velocidade. Em estrada, na saída de uma curva pode muito bem encontrar, sem estar à espera, um veículo lento, gravilha, ou qualquer outra coisa a obstruir a via e, se for demasiado rápido, em velocidade excessiva, pode não ter tempo para parar.

Não esqueça nunca que a sua scooter vai ter tendência para seguir o caminho do seu olhar. Se ficar a olhar para um buraco, quase de certeza absoluta que vai passar por cima dele! Os metros logo à frente da roda dianteira pertencem ao passado, pois dificilmente vai ter tempo de reação para evitar o que quer que seja, e pode colocar-se em risco a tentar.

Por isso, deve ir a olhar mais para a frente, definir a sua trajectória, e usar a sua  visão periférica para se aperceber de algum imprevisto ou de alguma manobra inesperada de outro veículo. A melhor estratégia é antecipar a sua trajetória e os potenciais perigos.

7 - Na Cidade

Não circule rente a viaturas estacionadas. Está sujeito a chocar com alguma porta que se abra de repente, ou com algum peão que tente atravessar entre elas, ou em alguém que de repente vai arrancar.

Tenha atenção aos autocarros parados! Normalmente aparecem peões “escondidos” por detrás deles! E nunca, mas nunca mesmo, confie nos piscas. A maior parte dos condutores não os usa, ou então vai com eles ligados sem saber, e faz precisamente o oposto ao que nos informa!

Quando tiver que estacionar, se tiver que deixar a moto num local onde passem peões, tente resguardá-la o mais possível. As partes quentes do motor e dos escapes podem queimar crianças pequenas. Evite estorvar a passagem dos peões e das pessoas com mobilidade reduzida.

Nunca estacione a sua scooter entre automóveis. Com a falta de habilidade de muitos condutores a estacionar, o mais certo é que a sua moto vai ser atirada ao chão a meio de alguma manobra. Aparte que quem entrar distraidamente para um carro, vindo da parte da frente, pode nem sequer reparar na moto que está estacionada na sua traseira. E já se sabe que basta um pequeno toque para causar despesas ou por em risco a seguranca

Tenha em conta que as pinturas do piso são altamente escorregadias quando molhadas. Evite-as, ou passe por elas com muito cuidado, de preferência sem acelerar e muito menos travar. O mesmo para os carris de eléctrico, uniões metálicas dos viadutos, tampas de esgoto e ruas calcetadas. 

8 - Com chuva

Equipe-se bem! O conforto é muito importante para que se mantenha alerta e não caia na tentação de tentar chegar mais depressa para acabar com o martírio! Veja o ponto 2 - O equipamento.

Conduza ainda com maior suavidade. Evite as poças de água (normalmente escondem buracos) ou passe-as com muito cuidado.  Nos arranques e nas paragens, a tendência para patinar ou derrapar é muito elevada, e os pés também não agarram tão facilmente ao chão. Use sempre ambos os travões e rode o acelerador com mais calma. 

Não se esqueça que os outros utentes da estrada ainda o vão ver com maior dificuldade, ou reparar menos em si, e os peões tentam fugir para o seco em corridas suicidas, no meio do trânsito. Quando travar para parar faça-o com maior antecedência, para que, quem vier atrás, se possa aperceber da sua intenção! E não se esqueça dos piscas! Pelo mens fica de consciência tranquila!

Em ambiente rural tenha cuidado com os cursos de água que atravessam a estrada, pois além de mais frequentes, normalmente arrastam areias e lamas altamente escorregadias. Os tratores e os camiões também deixam normalmente muita lama dos rodados, quando saem de um terreno para a estrada.



https://www.andardemoto.pt/moto-dicas/55629-como-comecar-a-andar-de-scooter-125cc/

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