O que os americanos acharam da inédita Yamaha YZF-R7?
A inédita R7 foi revelada pela Yamaha dias atrás e não demorou para que a imprensa estrangeira tivesse contato com a esportiva intermediária da marca.
Nos EUA, a moto da categoria ‘Supersport’ foi apresentada no Atlanta Motorsports Park, um circuito desenhado pelo alemão Herman Tilke, famoso pelos autódromos mais novos da Fórmula 1.
E o que acharam os jornalistas americanos da moto que assume o lugar da R6? Bem, todos foram unânimes em afirmar que a R7, a despeito de mexer com o brio dos mais antigos (e que se recordam da primeira R7 de competição), é uma moto diferente da R6, com uma proposta mais urbana, mas que nem por isso deixar de entregar diversão.
A impressão geral é que a Yamaha buscou uma solução acessível para preencher o imenso abismo entre a R3 e a poderosa R1 e que fosse enquadrada na legislação ambiental mais recente.
Apesar de algumas queixas, três dos principais sites de motocicletas dos EUA foram bastante elogiosos com a nova moto da marca japonesa. Confira algumas impressões:
Cycle World
A Cycle World considerou a escolha do motor bicilíndrico da MT-07 uma ótima sacada. “Este motor se tornou um dos favoritos na redação da Cycle World por seu caráter enérgico, porém tratável, que se manifesta em alto e bom som no YZF-R7.”
“A resposta inicial do acelerador é nítida e a conexão com a roda traseira é imediata, sem o uso de qualquer auxílio eletrônico do piloto; a aceleração é suave e linear enquanto se aproxima de sua linha vermelha de 10.200 rpm, aproximando-se de velocidades de 120 mph. Sério, quem precisa de mais?,” comentou o jornalista Michael Gilbert.
Uma queixa dele foi em relação ao ABS, que é de série e não pode ser desligado. “Parece ter sido calibrado para um nível equilibrado de intrusão, embora tenha prejudicado o desempenho de parada total ao rolar voltas sérias.”
“A excelente combinação de desempenho, versatilidade e qualidade da 2022 YZF-R7 encontra um doce equilíbrio geral: os pilotos mais novos ganham uma moto que é fácil de controlar enquanto aprimoram suas habilidades; já os mais experientes conseguem uma máquina que ainda é muito divertida,” conclui o site.
Motorcycle
A Motorcycle faz questão de esclarecer que a escolha do nome “R7” não causa máculas à moto. “Na verdade, o público-alvo do novo R7 era literalmente bebês quando Noriyuki Haga estava deslizando a velha R7 por todo o mundo atrás de um título Mundial de Superbike. Isso foi há 20 anos, pessoal. É hora de seguir em frente”.
Para definir a moto, Troy Siahaan foi espirituoso: “Sim, é basicamente um MT-07, mas não, não é apenas um MT-07 totalmente carenada”.
O jornalista justificou a mudança no motor oriundo da MT-07: “Pela primeira vez no motor CP2, a Yamaha instalou uma embreagem auxiliar e deslizante. A natureza da pilotagem esportiva significa que reduções de marcha agressivas (ou desleixadas) são mais comuns”.
“Como é andar de moto? Em uma palavra: diversão. Assim como seu companheiro de estábulo enraizado na aventura, o Ténéré 700 , o R7 é o motociclismo elementar no seu melhor. Não há modos de condução, nem há ajudas de piloto, exceto para o ABS. É você e a máquina. E é glorioso,” afirmou Siahaan que em seguida confessou que a moto está equipada com o quickshifter opcional.
A Motorcycle, no entanto, criticou o painel de instrumentos. “Outra medida de economia de custos é o uso de uma tela LCD em vez do display TFT que estamos acostumados a ver hoje em dia”;
Ultimate Motorcycling
Ron Lieback, do site Ultimate Motorcycling analisou as voltas com a R7 por pontos. Inicialmente, ele explicou o comportamento da moto sem grandes recursos eletrônicos. “Para manter o preço baixo, a Yamaha YZF-R7 2022 apresenta eletrônicos mínimos, exceto para ABS. O motor CP2 não requer controle de tração ou modos de condução. A única vez que perdi tração na roda traseira foi quando o pneu fritou. O modo de pilotagem individual do motor oferece uma aceleração suave o suficiente para manter os pilotos experientes seguros em condições molhadas (com boa borracha, é claro)”, disse.
Ele gostou dos freios mesmo não sendo tão grandes quanto o da R6 e elogiou o conforto da moto. “A R7 não é tão confortável quanto a R3 e, embora apenas um pouco menos agressiva do que a R6, é melhor que a sua antecessora”. Por outro lado, Lieback considerou o “O assento padrão bom para a pista, mas eu mudaria rapidamente para um selim de reposição se usá-lo como uma moto de rua”
“Eu sou um fã do minimalismo quando olho medidores, e a Yamaha acerta isso. O painel inclui tudo o que é necessário para andar - velocímetro, tacômetro, medidor de combustível, indicador de posição de marcha e temperatura do radiador. Porém, não espere um TFT sofisticado; para manter o custo baixo, a Yamaha optou por um painel LCD de alto contraste”.
Para o jornalista da Ultimate, vale pelo preço mais acessível. “Por US$ 8.999 (R$ 47 mil), a R7 é apenas US$ 1.300 mais cara que a MT-07 e cobra US$ 3.300 a menos que a antiga R6. A concorrente mais direta da R7, embora a Yamaha não admita, é a Aprilia RS 660 que custa US$ 11.299 (R$ 59 mil)”.
https://www.motoo.com.br/o-que-os-americanos-acharam-da-inedita-yamaha-yzf-r7/
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