Voltz quer tornar moto elétrica mais acessível com programa

 



A Voltz, marca de moto elétrica fundada pelo pernambucano Renato Villar, começou a testar um novo modelo de negócios que pretende resolver dois dos principais desafios da mobilidade elétrica hoje: o acesso devido ao alto custo e as limitações de autonomia da bateria.

Para isso, a empresa acaba de inaugurar duas estações de troca de bateria em São Paulo que vão permitir aos motoristas substituir uma bateria descarregada por uma cheia em segundos, sem precisar perder tempo esperando o carregamento. O modelo introduz o conceito de bateria como serviço, com um plano de assinaturas que dispensa a posse do equipamento — barateando em 40% o preço de aquisição da moto elétrica, que hoje já é competitiva com a moto a combustão: de R$ 17 mil para R$ 11 mil.

"O modelo, cujos planos variam de acordo com a quilometragem pretendida, de R$ 19 a R$ 250, atende aos usuários mais intensivos, como entregadores de aplicativos de delivery. — O ganho operacional para um heavy user é muito grande. É oito vezes mais barato para o motorista trabalhar com uma moto elétrica" diz Villar, o CEO da Voltz, que afirma estar negociando com empresas frotistas, que podem fazer encomendas de mais de mil motos.

"A empresa aposta ainda na linha de crédito lançada com a Creditas para financiar a venda das motos, para acelerar a produção na nova fábrica da Zona Franca de Manaus, prevista para entrar em operação até o fim do ano. Sem essa linha a gente não iria conseguir escalar" diz Villar, que está construindo, em parceria com a Creditas, um ecossistema de dados para baratear os juros do financiamento. "A moto elétrica pode vir com uma série de sensores que vão permitir coletar dados sobre o comportamento do motorista, reduzindo riscos para seguradoras, financeiras e para o consumidor, que pode ser notificado quando alguém encostar na moto na rua", completa.

O programa de bateria como serviço está sendo lançado em um piloto com o iFood, que disponibilizou motoristas para testarem as motos da Voltz e vê no programa, além de uma oportunidade de reduzir custos para o entregador, um caminho para zerar emissões de carbono de suas operações.

O piloto é ainda uma parceria com o Turbo, hub de inovação dos postos Ipiranga, do Grupo Ultra. O grupo investiu na Voltz no início do ano, em uma rodada de R$ 100 milhões liderada majoritariamente pela Creditas. As estações estão localizadas nos postos Ipiranga e até o final do ano a ideia é inaugurar 50 “Estações Voltz” pela rede no país.

"A Voltz deve faturar R$ 200 milhões este ano. A empresa vende hoje cerca de 900 motos por mês, mas tem sofrido para entregar devido a quebra nas cadeias de suprimentos globais. Para minimizar os atrasos, Villar está há mais de três meses na China buscando novos fornecedores. — Hoje estamos entregando com 120 a 180 dias. Tenho mais de 5 mil motos prontas aguardando espaço para embarcar em um navio. Espero poder começar a oferecer o produto na pronta entrega a partir de fevereiro", diz.



https://www.revistapro.com.br/voltz-quer-tornar-moto-eletrica-mais-acessivel-com-programa

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